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Linha do Tempo

Page history last edited by pbworks 8 years ago

 

 

 
                                                
                                                       
 
 
 
      Foi muito bom poder fazer esta comparação e ver como mudou e evoluíram alguns brinquedos e brincadeiras com o passar do tempo. A realidade era outra, pois a maiorias dos brinquedos eram de formas mais naturais, onde as crianças brincavam livremente, criando suas próprias brincadeiras. Eu lembro que na minha infância os meus irmãos, com pequenos objetos reunidos, como pedrinhas, papeis, bolitas, rolhas de garrafas, criavam seus próprios brinquedos. E como era simples transformar um cabo de vassoura velha em cavalo ou uma caixa de madeira (ganhada na feira de domingo), adaptadas com rodinhas de rolimãs, em carro de lomba, sem falar nas pipas feitas de colas de farinha de trigo. Sinceramente foi uma gostosa viagem no tempo.
      Comparando os brinquedos que os meus alunos possuem com os dos seus parentes, pude observar que a grande diferença esta nos brinquedos eletrônicos, que é muito significativo, devido aos avanços tecnológicos dos últimos anos. Em relação aos brinquedos dos familiares, eles também usavam sucatas para confeccionar seus próprios brinquedos, pois poucos tinham acesso aos brinquedos fabricados na época, porque eles eram muito caro. Meu pai comprava somente no natal e em várias prestações, nós éramos oito filhos.
      Nas brincadeiras preferidas das meninas continua sendo as bonecas e para os meninos jogar futebol, contando com a ilusão que este último traz para os meninos de conseguir fama e fortuna, e o que é pior, sem precisar estudar muito. Só achei que os familiares esqueceram de mencionar o jogo de vôlei, pois fazia parte da educação física de nossa geração, vários jogos, campeonatos e até ginástica rítmicas. O vídeo game, acredito que não existia, dependendo o tempo passado, mas o fiquei impressionada com o jogo de taco, pois parece que foi abolido pelas crianças.
     Os brinquedos mais desejados para os alunos são os eletrônicos, as bonecas e as bicicletas. Para os familiares ainda predomina as bonecas e a bicicleta. O eletrônico mais cobiçado da época era o autorama e que não aparece na lista dos alunos.
    Refletindo sobre os brinquedos da civilização moderna, uma criança de qualquer classe social, ou idade, nos dias de hoje, raramente encontra no meio familiar uma vivência de alegria e de participação, pois muitas vezes, os pais sobrecarregados de atividades e preocupações do momento, não têm tempo para estar junto de seus filhos, brincar com eles ou proporcionar-lhes divertimentos sadios. Os pais passam a vender para os filhos uma idéia falsa de mundo, onde o prazer não se efetiva no brincar, no participar, no crescer sadiamente, no aprender, no pensar, no socializar, mas no comprar, no gastar, no  individualizar-se.
    Considerando a realidade em que vive a criança e a intenção do adulto para com ela, não se pode esquecer que o brinquedo tornou-se hoje, um objeto de consumo. E quanto mais atraente ou sofisticado for o brinquedo, mais distante estará de seu valor como instrumento de brincar, e quanto mais perfeito ou semelhante do real, mais se desvia da brincadeira viva.
     O mundo do brinquedo é um mundo composto, que representa o apego, a imitação a representação e não aparece simplesmente como uma exigência indevida, mas faz parte da vontade de crescer e se desenvolver.
 
 
 
 
 
 
       Apenas brincando

 

Por favor não diga que eu "estou apenas brincando".

Já que, entenda, eu estou aprendendo enquanto brinco.

Sobre equilíbrio e forma do Webmail.

 

Quando eu estiver bem vestido, arrumando a mesa, cuidando

do bebê, não tenha a idéia de que eu "estou apenas brincando".

Já que, entenda, eu estou aprendendo enquanto brinco.

Algum dia eu posso ser uma mãe ou um pai.

 

Quando você me vir até meus cotovelos na pintura,

ou ajeitando uma moldura, ou moldando e dando forma à argila,

por favor não me deixe ouvi-lo dizer que eu "estou apenas brincando".

Já que, entenda, eu estou aprendendo enquanto brinco.

eu estou me expressando e sendo criativo.

Algum dia eu posso ser um artista ou um inventor.

 

Quando você me vir sentado em uma cadeira "lendo" para uma audiência imaginária, por favor não ria e não pense que eu "estou apenas brincando". Já que, entenda, eu estou aprendendo enquanto brinco.

Algum dia eu posso ser um professor.

 

Quando você me vir recolhendo insetos ou colocando coisas que encontro no bolso, não os jogue fora como se eu "estivesse apenas brincando". Já que, entenda, eu estou aprendendo enquanto brinco.

Algum dia eu posso ser um cientista.

 

Quando você me vir montando um quebra-cabeças,

Por favor, não pense que estou desperdiçando tempo "brincando".

Já que, entenda, eu estou aprendendo enquanto brinco.

Estou aprendendo a concentrar-me e resolver problemas.

Algum dia eu posso ser um empresário.

 

Quando você me vir cozinhar ou provar comidas, por favor não pense que estou aproveitando, que é "só para brincar".

Já que, entenda, eu estou aprendendo enquanto brinco.

Eu estou aprendendo sobre os sentidos e as diferenças.

Algum dia eu posso ser um "chef".

 

Quando você me vir aprendendo a saltar, pular, correr e mover meu corpo, por favor não diga que eu "estou apenas brincando".

Já que, entenda, eu estou aprendendo enquanto brinco.

Eu estou aprendendo como meu corpo trabalha.

Algum dia eu posso ser um médico, uma enfermeira ou um atleta.

 

Quando você me perguntar o que fiz na escola hoje,

E eu responder: "Eu brinquei". Por favor não me entenda mal.

Já que, entenda, eu estou aprendendo enquanto brinco.

 

Eu estou aprendendo apreciar e ser bem sucedido no trabalho.

Eu estou preparando-me para o amanhã.

Hoje, eu sou uma criança e meu trabalho é brincar.

 

 

 

 

Colaboração: Sergio A. Arruda

Quando eu estiver, no quarto, construindo um edifício de blocos,Texto de Anita Wadley.

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Comments (2)

Anonymous said

at 3:54 pm on Aug 14, 2007

Olá, Elisabeth
Gostei muito das tuas considerações, mas penso ser interessante voltar um pouquinho aos dados. Observa que apesar do desejo estar ligado a jogos e objetos eletrônicos, as brincadeiras preferidas mostram outra coisa. O que te parece? Abra@os, Iris

Anonymous said

at 11:12 pm on Aug 16, 2007

Olá, Elisabeth. Gostei bastante da tua análise sobre a sociedade de consumo e o brincar. Infelizmente, hj em dia, o valor do TER acaba tornando-se maior que o SER, muitas vezes. Não sei se poderíamos dizer que são os próprios pais os responsáveis por proporcionar esta visão e sim a sociedade e meios de comunicação como um todo. Um abraço, Anice.

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